Filme dirigido por Ridley Scott está sendo criticado por trazer personagens africanos sendo interpretados por atores brancos. Joel Edgerton, que dá vida ao faraó Ramsés, diz entender os argumentos.
O ator Joel Edgerton, que interpreta o faraó Ramsés em Êxodo: Deuses e Reis, afirmou "entender" quem acusa o diretor Ridley Scott e os produtores do filme de "embranquecer" a história história africana no épico bíblico.
Em entrevista para a rádio australiana SBS, o ator alegou que compreende quem está propondo boicotar o filme: "Eu entendo e tenho empatia com esta posição", disse.
Com Christian Bale como Moisés, Aaron Paul como Josué, e Sigourney Weaver e John Turturro como Tuya e Seti, pais de Ramsés, Êxodo: Deuses e Reis está sendo acusado de racismo e "colonialismo cinematográfico".
A hashtag #BoycottExodusMovie chegou a figurar entre os assuntos mais falados nas redes sociais pedindo um boicote ao épico, pois internautas consideravam que a etnia dos atores escolhidos para o elenco não corresponde à realidade racial do antigo Egito, onde a trama se ambienta.
"Não apenas todos os personagens principais são brancos, mas todos os serviçais, ladrões e assassinos são interpretados por pessoas africanas. Gente, isso é racista", declarou o escritor David Dennis Jr. em um dos diversos artigos que circulam na internet sobre o filme. "Estão criando uma obra de 'arte' que carrega um imaginário opressivo que ajudou a esmagar países em todos os cantos do mundo. Eu estou farto de Hollywood e sua aceitação dessas imagens opressivas", afirmou.
Por outro lado, quando o jornal The Guardian incluiu Êxodo: Deuses e Reisem uma lista de filmes que tiveram "decisões insensíveis na escolha do elenco", leitores pontuaram que "atores sempre fingem ser algo que eles não são. Isso é atuar".
Êxodo: Deuses e Reis vai narrar a vida do profeta Moisés, baseado no segundo livro do Antigo Testamento, mostrando como ele libertou o povo hebreu da escravidão no Egito. O filme estreia dia 25 de dezembro de 2014.
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