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Critica :Maze Runner: Prova de Fogo


“O labirinto era apenas o começo”. Dessa vez a campanha de marketing não está exagerando: enquanto Maze Runner - Correr ou Morrer trazia um único cenário e um obstáculo preciso (superar o labirinto), agora Thomas, Teresa, Minho e os outros jovens devem combater um número infinito de perigos mortais. Quando escapam dos cientistas, devem sobreviver à travessia no deserto, quando passam por essa etapa, devem lidar com zumbis, depois com rebeldes, depois uma tempestade de raios que parece especificamente destinada a eles. Todas as pessoas, seres e máquinas ao redor querem matá-los; todo galpão que poderia abrigar o grupo esconde novas armadilhas. O mundo é mesmo cruel.

Neste contexto, Maze Runner: Prova de Fogo expande consideravelmente o seu universo para se transformar em um grande filme de ação, com muitos efeitos especiais combinados às regras de outros gêneros (os filmes de zumbis, os filmes pós-apocalípticos, os filmes catástrofe, as aventuras adolescentes). Esta produção conta com um orçamento maior, e também com ambições mais amplas, visando seduzir o público adulto que compraria ingressos para assistir a Bruce Willis ou Liam Neeson nos cinemas. O resultado é ágil e tecnicamente impressionante, no entanto, na vontade de agradar a todo mundo, talvez não se aprofunde em gênero nenhum.

A grande diferença deste segundo filme é o seu caráter episódico, que aproxima a trama de um videogame sádico. Supondo que o público já conhece os personagens, a ação desenvolve-se sem freios, trazendo cada novo trecho com seu cenário, seus personagens, o seu “vilão” a superar, como nas fases de um jogo. Vencendo aquele perigo, os jovens estão prontos para correr até a cilada seguinte. Talvez falte um senso de propósito a este road movie frenético: onde os personagens realmente pretendem ir, se nada ao redor é digno de confiança? Entre os mundos pós-apocalípticos dos livros infatojuvenis, nenhum é tão amargo e niilista quanto o de Maze Runner.
fonte : adorocinema.com